ÍNDICES DE ROUBOS DE VEÍCULOS 60% MENOR EM TODO O RIO DE JANEIRO

do portal Terra:

Até 15 dias atrás, as quadrilhas dos complexos da Penha e do Alemão - hoje ocupados pelas forças de segurança - eram responsáveis por 40% dos roubos de carros e motos no Estado. O principal objetivo era enviar os veículos para o Paraguai em troca de drogas e armas. De acordo com o titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Márcio Mendonça Dubugras, da média mensal de 1,5 mil veículos roubados por mês no Rio, pelo menos 600 eram levados para os dois conjuntos de favelas.

Levantamento da DRFA sobre os 440 carros recuperados desde o início da ocupação aponta que os ataques aconteciam em todo o Estado, mas os locais com maior incidência eram os abrangidos pelas delegacias de Bonsucesso, Penha, Vicente de Carvalho, Irajá, Pavuna e Praça da Bandeira.

"A facção que mais rouba carro é o Comando Vermelho. Eles atuam em quase todos os bairros e municípios, mas a preferência é pela zona norte", afirma Márcio Mendonça. E o destino de muitos desses veículos é o Paraguai. Agentes federais que trabalham na fronteira do Brasil com o país vizinho atestam que boa parte dos carros apreendidos na região vem do Rio.

Agora que os sinais da ocupação começam a ser percebidos - com os índices de roubos de veículos 60% menor em todo o Estado -, a tendência é que o valor dos seguros de carros nessas regiões também fiquem mais baratos. "A previsão é de que, em março, os segurados já possam ter novos valores. Mas para isso é preciso haver uma continuidade dessa situação. Os índices de roubos não podem aumentar de novo", afirma Neival Rodrigues Freitas, diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais.

Nas trocas, só os mais caros

Ao Paraguai, traficantes do Rio enviavam apenas carros que custam a partir de R$ 50 mil. Veículos mais baratos não eram usados nas transações devido ao baixo poder de barganha, pois não renderiam boa quantidade em drogas e armas. Porém, também tinham um destino: eram revendidos por R$ 1 mil para ferros-velhos do Rio. "O tráfico procura lucrar de todas as formas. Os que não serviam como moeda de troca, iam para os ferros-velhos", afirma o delegado.

Assim que chegavam do outro lado da fronteira, os carros enviados por bandidos da Penha e do Alemão eram negociados por 30% do valor do mercado brasileiro. Para cada veículo de R$ 50 mil, por exemplo, os paraguaios cobravam R$ 15 mil. Lá, com esse valor, é possível comprar 300 kg de maconha ou 5 kg de pasta-base de cocaína, que rende, em média, 20 kg da droga.

Violência no Rio
O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

VAMOS FICAR DE OLHO!!! SE O ÍNDICE DE ROUBOS DIMINUIR ,O SEGURO PRECISARÁ FICAR MENOR, POIS ESTE É SEMPRE O ARGUMENTO PARA O AUMENTO DOS VALORES DE SEGUROS...