terça-feira, 6 de novembro de 2012

As novidades de seguro



No Brasil, o seguro é “commodity”, afirma o presidente do Sindicato dos Corretores de São Paulo (Sincor-SP), Mário Sérgio de Almeida. Assim que uma companhia lança um diferencial, rapidamente as concorrentes copiam. O diferencial está nos serviços agregados e na qualidade de atendimento prestado.

Tudo começou com a Porto Seguro, hoje líder do setor e sócia do Itaú Unibanco. O primeiro produto foi lançado há mais de 20 anos. Avançou para assistência na residência e agora tem até companhia que quita as parcelas do seguro se o cliente receber um diagnóstico de doença grave e a possibilidade de o segurado acompanhar passo a passo o conserto do veículo pela web. Tudo tem um custo, por isso é importante avaliar se a cobertura é realmente necessária.

Doença grave e desemprego – Geralmente quando uma pessoa recebe um diagnóstico de doença grave, os gastos com médicos e remédios são prioritários e muitas vezes causam um rombo no orçamento doméstico. Pensando em situações como essa, a Zurich lançou uma cobertura que quita as parcelas do seguro. “Queremos levar tranquilidade aos clientes. Perder o seguro numa hora difícil ninguém quer. E também ninguém se esquece de quem te ajudou neste momento”, diz Sergio Wilson Ramos Junior, vice-presidente de personal lines da seguradora suíça. O mesmo acontece se o segurado ficar desempregado. O segurado da Zurich que ainda não quitou a apólice do veículo tem suas parcelas perdoadas.

Grávida? Sim, elas têm serviços exclusivos na BB Mapfre. Em qualquer situação de emergência, as seguradas de automóveis podem ligar para a central e solicitar o serviço. Será enviado um táxi para conduzir a gestante a um hospital ou local indicado. Segundo Jabis Alexandre, diretor de automóvel da seguradora, a cobertura foi criada depois que a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) divulgou que 60% dos traumas durante a gestação são causados por acidentes de trânsito.

Depois do sucesso de ofertar o motorista amigo, profissional que leva para casa os clientes com mal-estar, a SulAmérica lançou duas novidades em 2012: com o aumento de roubos de pneus, a seguradora incluiu no rol do coberturas o garantia Roubo ou Furto de Estepe, que cobre a reposição do pneu. Outra foi a cobertura Saldo do Financiamento, com 20% a mais do valor do veículo na tabela Fipe. Muitas vezes a depreciação do valor do carro e os juros das parcelas do financiamento fazem com que o valor do seguro seja insuficiente para cobrir o saldo do empréstimo.

Carro reserva liberado nos contratos de seguros geralmente é aquele 1.0, sem ar-condicionado ou direção . Um alvo de críticas dos clientes acostumados ao conforto. Para driblar a situação, as companhias ofertam, como cobertura acessória, paga pelo cliente, um carro reserva nos moldes do modelo segurado. Na Chubb, seguradora especializada no segmento de ricos e milionários, esse é um item incluído na apólice. “Nossos cliente têm um perfil sofisticado e por isso temos diferenciais”, conta Priscilla Magni, diretora de produtos patrimoniais. Entre eles, reposição gratuita de air bags, verba imediata para despesas com locomoção em caso de acidente e cobertura para bens deixados dentro do veiculo, como raquete de tênis, tacos de golfo ou cadeira do bebe.

Itaú e Bradesco, de olho nos clientes de menor renda, oferecem um seguro para quem se preocupa em proteger o bolso de prejuízos causados a terceiros ou mesmo de ficar com o carro na rua por panes elétrica, mecânica ou mesmo por incêndio. “Um guincho pode custar mais de 1.000 reais para percorrer uma pequena distância”, afirmam os especialistas.

O produto não cobre roubo e furto. Apenas oferece atendimento 24 horas, com direito a guincho, táxi para os passageiros, caso o veículo precise ser rebocado, envio de chaveiro ou um ajudante para troca de pneus. Aqui, sem mimo para o cliente para deixar o preço mais acessível. No Bradesco, o produto chega a custar 499 reais por ano e pode ser parcelado em até 10 vezes sem juros. Atenção para o número de vezes que é permitido usar o serviço. O Itaú limita a três chamadas.

    No futuro, quando os custos do uso do rastreador estiverem mais acessíveis, uma novidade pronta para ser lançada é a possibilidade de comprar o seguro de carro somente para um período, seja um fim de semana ou uma viagem. Também será possível pagar pelo seguro com base na quilometragem rodada, um benefício e tanto para aqueles que rodam pouco. “São produtos muito utilizados em países europeus”, diz Marcelo Sebastião, diretor de automóvel da Porto Seguro. Tais produtos dependem do registro de dados via rastreadores. “Por enquanto, o custo torna o produto inviável.”




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