segunda-feira, 21 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA DOS RASTREADORES E SISTEMAS ANTI-FURTOS

DO SITE:www.malima.com.br

Bloqueadores, localizadores e rastreadores - o que escolher?

by Ágatha Branco


Adquirir um sistema de segurança para o carro, moto, caminhão ou até mesmo para uma frota, a princípio pode parecer simples, e por outro lado pode se tornar um verdadeiro dilema. Não só existem várias marcas e modelos, mas também várias soluções.

A questão é: qual é a diferença entre elas? Na hora da compra ou na escolha do serviço, nem sempre o vendedor consegue identificar as necessidades do cliente e informar a melhor solução, o que gera uma verdadeira confusão. Em alguns casos até mesmo um descontentamento por parte do consumidor, que só no momento em que realmente precisa, descobre as funcionalidades do equipamento.

Quem nunca se deparou com um carro parado na rua e a sirene soando “atenção: este carro está sendo roubado, favor ligar para o 0800...”? E as pessoas acabavam ligando, não por identificarem o carro roubado e sim pela impertinência que gerava a sirene.

Este é um exemplo de um bloqueador, que como seu nome já diz, bloqueia alguns sistemas do carro e dispara a sirene. É o mais básico, e sua função é proteger o veículo. Com uma ligação para a central de atendimento é possível bloquear o carro via radiofreqüência. A comunicação é via antenas próprias, mas o equipamento não informa a localização geográfica do veículo.O bloqueador tem um valor mais acessível em relação às outras duas soluções, e se tratando de um dispositivo de segurança, é um equipamento eficiente. Segundo Darko Wolner, diretor da Dwl Consultoria, “a solução de bloqueadores é certamente a mais utilizada. Grande parte dos proprietários de veículos usados com mais de dez anos prefere instalar um bloqueador a fazer o seguro”.

Já o localizador pode ser apontado como o nível intermediário das três soluções. A localização pode ser feita via GPS ou triangulação de antenas (celular), a comunicação é através da rede de telefonia móvel e a localização do veículo é realizada pela central 24 horas, porém não é muito precisa, já que a abrangência é feita em um determinado raio e o erro pode estar entre 10 e 30 metros, sendo maior que a do rastreador. Alguns localizadores também têm a função de bloquear o veículo. “Em locais muito povoados, como a Avenida Paulista, fica difícil localizar o veículo, mesmo que em um raio de 10 metros”, ressalta Nicanor Fragoas, diretor adjunto comercial da Pósitron Rastreadores.

Por sua vez, o rastreador é a solução mais completa, principalmente para quem precisa de informações detalhadas. A localização é realizada via GPS, com comunicação satelital, celular ou radiofreqüência. Uma vantagem é que as informações podem ser obtidas via internet, pelo próprio cliente. Para esse tipo de tecnologia, existem ainda soluções mais completas, como softwares de monitoramento, mais utilizados pelo setor corporativo. A função do rastreador vai além da proteção do veículo, pois tem o objetivo de proteger as pessoas que o utilizam, garantindo assim maior segurança, comodidade e conforto para o usuário.O monitoramento consiste na tradução de informações geográficas em mapas digitalizados de uma região, definindo com precisão a localização geográfica do veículo, latitude, longitude e velocidade média (no caso do veículo em movimento), e pode incluir vários outros opcionais.

Esse sistema oferece a localização e o monitoramento do veículo em tempo real, em qualquer lugar, por meio da internet. Quando o cliente contrata o serviço de rastreamento, ele também pode utilizar outros adicionais, como monitorar a velocidade do automóvel, obter relatórios das rotas percorridas e mesmo criar cercas eletrônicas. Com este serviço, é possível determinar uma rota e, caso o veículo saia do percurso planejado, o proprietário é comunicado pelo celular ou pela internet.O rastreador atua como uma solução ativa da informação, gerando vários outros serviços e aumentando significativamente o índice de recuperação, que é o principal foco das empresas que produzem a solução, das seguradoras e transportadoras.

Para Pedro Coli, gerente de Marketing da Ituran, o rastreamento é um sistema mais completo, que viabiliza a prestação do serviço de recuperação de veículos. “A Ituran, por exemplo, possui equipes de campo prontas para atuar em caso de roubo, furto e até mesmo seqüestro”.Apesar do mercado de rastreamento ser recente, com menos de 20 anos, existem centenas de empresas atuantes no Brasil. “Os próximos anos tendem a consolidar algumas marcas disponíveis, pois cada vez mais o usuário está entendendo sobre o assunto, buscando qualidade, preço e atendimento”, afirma Fragoas.

Dentre as três soluções citadas não existem números oficias sobre a quantidade de instalações. Wolner indica que a estimativa é de 700 mil equipamentos instalados (todas as opções de serviços/tecnologias) dentro de uma frota de aproximadamente 40 milhões de veículos. O crescimento desse mercado se deve a vários fatores, como por exemplo, a falta de segurança, empresas corporativas que querem monitorar seus próprios veículos ou pelas seguradoras, apontadas como as principais responsáveis. Wolner explica que “as seguradoras exigem a aplicação de soluções de segurança veicular para redução da estatística de sinistro e melhoria dos seus resultados e, em troca, oferecem descontos nos prêmios”.O resumo da situação é que o segurado é um grande canal de contratação nesse meio, e a relação da seguradora com determina solução tende a diminuir as perdas com roubo de veículos, no qual o objetivo é reduzir custos com sinistros para as seguradoras. “As seguradoras costumam dar vantagens para quem possui o rastreador, como descontos na apólice. Dependendo do modelo do carro, a seguradora só faz o seguro do veículo com o rastreador ou localizador instalado”, explica Coli.

Certificação do equipamentoTodo equipamento que esteja ligado a um sistema de comunicação deve ter a certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que exige um selo no equipamento que atenda aos requisitos que aferem o produto.O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) atua como um órgão independente da relação comercial, atestando se sistemas, produtos, processos e/ou serviços estão em conformidade com requisitos nacionais, estrangeiros ou internacionais. Os programas de avaliação e certificação estão estruturados em padrões internacionais, garantindo um processo reconhecido e seguro.

Sendo uma das 13 entidades de Órgãos de Certificação Designados (OCD) pela Anatel que faz o trabalho de homologação dos equipamentos, neste caso o Tecpar indica os testes que devem ser feitos e os laboratórios para a realização dos mesmos, além de participar de todo o processo de certificação. Os equipamentos como bloqueadores, localizadores e rastreadores também devem passar pela homologação da Anatel.“A partir do momento que um equipamento transmite informações, ele estará utilizando um canal de telecomunicação, que pode ser via satélite, modem sem fio, terrestre celular e hotspot (sem fio). Apenas o GPS fica fora, por ser um sistema passivo, que só recebe a informação do satélite”, informa Fernando Felice, auditor do Tecpar.

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